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O que a Rede Mondó tem em comum com duas ONGs do Rio de Janeiro? Fomos visitar a Redes da Maré e o projeto Circo Crescer e Viver para descobrir

Diário de Bordo 20/12/2023

Partilhar conhecimento, trocar experiências e construir redes é imprescindível para organizações do Terceiro Setor. Na Rede Mondó, mais que um paradigma, isto é, também, um princípio – está claro no nosso nome.

Na semana em que a Rede Mondó participou, no Rio de Janeiro, de um evento da Vale em parceria com o Canal Futura e a Fundação Roberto Marinho que discutiu o papel da comunicação no enfrentamento à pobreza extrema, também surgiu a oportunidade de conhecer duas ONGs locais cuja atuação se assemelha em alguns aspectos ao trabalho desenvolvido em Breves.

Carolina Maciel, Diretora Executiva da Rede, Júlia Jungmann, Relações Institucionais, e Glinda Farias, coordenadora do Núcleo de Integração da Rede Mondó, visitaram o projeto Circo Crescer e Viver e a organização Redes da Maré.

O primeiro consiste em um projeto social que funciona há quase 20 anos no Centro do Rio de Janeiro, onde desenvolve o Programa Circo Social. Por meio desta iniciativa, a instituição utiliza a arte circense para impactar vidas e transformar a realidade de crianças, adolescentes e jovens.

Já a Redes da Maré, visitada por Carol e Glinda, foi criada em 1997 e atua na região de 16 favelas que constituem o Complexo da Maré. A organização promove o desenvolvimento sustentável da região a partir da mobilização e do protagonismo da população local.

DIAGNÓSTICO

Para além dessas características, há um ponto em específico que aproxima o Rio de Janeiro do Marajó: o Diagnóstico do Território. Este é um processo que está na gênese da Rede Mondó e consiste em um estudo aprofundado da localidade de atuação para a coleta de dados que serão utilizados em estratégias e decisões, com o apoio da população.

Desde que chegou a Breves, a Rede se utiliza desta ferramenta para definir as ações junto à comunidade. Recentemente, com parceria firmada com a Fundação Vale dentro do Programa de Combate à Pobreza Extrema, o diagnóstico passou a ter um espaço ainda mais central na nossa atuação.

E os exemplos que foram vistos no Rio de Janeiro apontam para como esses estudos podem ditar os rumos de uma organização.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

No caso do Circo Social, Júlia relatou que depois de quase duas décadas de atuação, a equipe do projeto fez um diagnóstico da comunidade em um raio de dois quilômetros da região atendida por eles.

O processo consistiu em visitar todas as residências da comunidade e, com as informações coletadas, foi possível conhecer a realidade e as especificidades do bairro. “Foi assim que eles identificaram que havia muitos idosos no bairro e passaram a direcionar melhor as atividades realizadas, depois de fazer um planejamento estratégico que resultou na ampliação do público-alvo”, explica.

“É uma região onde há prefeitura, órgãos públicos, prédios comerciais e empresariais, mas onde há uma pobreza muito grande. E foi só com esse diagnóstico que eles conseguiram se apropriar do bairro e fazer com que isso direcionasse os rumos dessa instituição”, acrescenta Júlia.

Esse diagnóstico, inclusive, também contribuiu para que o projeto firmasse parcerias.

ACOMPANHAMENTO FAMILIAR

A Redes da Maré é um grande case em ações de combate à pobreza extrema a partir da perspectiva da relação com as famílias e do acompanhamento familiar – proposta muito semelhante ao projeto da Fundação Vale – e em diagnóstico territorial também.

Faz parte da história da organização, que Carol visitou, a realização do primeiro Censo no Complexo da Maré. E foi graças a este trabalho que a região foi mapeada oficialmente, as ruas ganharam nomes e os moradores, cidadania.

“Foi um movimento significativo conhecê-los porque enquanto nós, no Marajó, trabalhamos sob a perspectiva de que os indicadores de Segurança Pública são reflexos dos outros desafios que aquela comunidade tem. A Redes da Maré, por outro lado, entende que os indicadores de Segurança Pública têm impacto direto no que a comunidade precisa”, definiu Carol.

“Tivemos uma troca de experiência que foi boa e nos abriu as portas para colaborações futuras”, frisou Carol.

Trabalhar em rede permite que as organizações compartilhem não só conhecimentos e experiências, mas também lições de como driblar as adversidades que surgem no cotidiano. É isso o que ajudará a cada uma delas a alcançar os objetivos traçados.

Saiba mais sobre a Redes da Maré aqui.

Conheça o projeto Circo Crescer e Viver aqui.

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