Rede Mondó entrega prêmios às escolas vencedoras das 1º e 2ª etapas da “Jornada Para o Amanhã”
Parece que foi ontem o anúncio da segunda edição da “Jornada Para o Amanhã” (JPA), mas o desafio já entrou na sua terceira fase. Enquanto...
Ela está sob os olhos do mundo e, neste dia 5 de setembro, não seria diferente: celebrar o Dia da Amazônia é lembrar que preservar este ecossistema será fundamental para o nosso futuro enquanto humanidade.
A Amazônia é responsável por 20% da produção de oxigênio do planeta e por 50% da água doce da América do Sul. Ela também é um importante regulador do clima, pois ajuda a absorver gases de efeito estufa e a regular as temperaturas globais. A floresta é, ainda, um berço da biodiversidade, abrigando mais de 300 mil espécies de plantas, animais e insetos.
O desmatamento foi a maior ameaça sobre este bioma nos últimos anos: em 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), houve um aumento de 20,1% em relação a 2021, atingindo 10.362 km² da Amazônia Legal.
Já em 2023, os dados preliminares representam um alento: nos últimos sete meses, houve uma queda de 42% no desmatamento do bioma amazônico.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
Para além do combate ao desmatamento, porém, a preservação da Amazônia passa por outras questões e uma delas envolve as pessoas. Afinal de contas, a Amazônia também é feita de gente.
Atualmente, aproximadamente 13,7% da população brasileira (29,5 milhões de pessoas) vive nesta região. Apesar da abundante riqueza de recursos naturais, as comunidades ainda enfrentam desafios e carência na saúde, educação, infraestrutura básica (moradia, energia e água) e na geração de renda.
Por isso, garantir que as comunidades amazônicas tenham seus direitos respeitados e que possam participar de forma equitativa do desenvolvimento da região é imprescindível para preservar a floresta.
Entre as ações que podem ser desenvolvidas para cumprir este propósito estão o fortalecimento, o reconhecimento e a proteção dos direitos territoriais das comunidades amazônicas; a promoção do diálogo e da cooperação entre as comunidades amazônicas e o poder público; investir em educação e capacitação para as comunidades vulneráveis amazônicas e apoiar o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis para as famílias que vivem nesta região do país.
Uma importante contribuição neste sentido vem da Rede Mondó com a atuação a partir de Breves, município do Arquipélago do Marajó, que é piloto para uma iniciativa que visa abarcar toda a amazônia. A cidade tem uma população estimada em 107 mil habitantes (Censo Demográfico 2022 do IBGE), e tem 78% do seu território em área de preservação ambiental. Todo o arquipélago, que fica no coração da Amazônia, é composto por 17 municípios e cerca de 550 mil habitantes, onde são registrados alguns dos piores indicadores socioeconômicos do Brasil.
Especificamente no caso da Rede Mondó, o trabalho é voltado a gerar soluções sociais inovadoras e colaborativas para o desenvolvimento de territórios vulneráveis da Amazônia através da comunidade escolar. Isto vem por meio de projetos, ações e iniciativas divididas em quatro dimensões: educação, saúde, desenvolvimento econômico e infraestrutura (moradia, energia e água), sempre apoiados na sustentabilidade a longo prazo e com impacto multidimensional.
Desde o ano de 2020, quando a organização passou a atuar a partir de Breves, mais de 40 ações foram realizadas e impactaram, diretamente, mais de 20 mil pessoas; indiretamente, mais de 60 mil pessoas foram impactadas. Em 2023, o trabalho segue a todo vapor para que estes números sejam ainda maiores, pois o trabalho da Rede Mondó parte do Marajó para alcançar toda a região amazônica.
Neste 5 de setembro, queremos mostrar que é possível construir um futuro melhor para a floresta e para as pessoas que vivem nela. Preservar a Amazônia é um desafio que exige a participação de todos. O combate ao desmatamento é fundamental, mas não é suficiente: é preciso garantir que as pessoas que vivem na (e formam) a floresta tenham seus direitos respeitados e que possam participar de forma ativa do desenvolvimento da região.
Foto: Bruno Jungmann
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