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Glinda Farias, coordenadora do Núcleo de Integração da Rede Mondó, foi selecionada para o programa Lideranças Amazônicas Sustentáveis (LIAS), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O programa escolheu 30 mulheres paraenses para uma capacitação em temas como mudanças climáticas, direitos humanos, sustentabilidade, E.S.G., justiça climática e COP-30.
As atividades ocorreram em duas etapas, nas quais Glinda, assistente social e gestora de projetos sociais, se destacou. Na primeira fase, as 30 selecionadas participaram de uma formação política abordando temas como clima, políticas públicas, gênero, COP30, ODSs, Produção de Conteúdos Digitais, entre outros. No rol de facilitadores dessa capacitação estavam Brenda Brito, Andreia Pinto e Fernanda Costa (do Imazon), além de Marina Marçal e Petterson Farias.
Já na segunda etapa, 15 delas foram escolhidas para uma imersão em Brasília, onde tiveram a oportunidade de conhecer as estruturas de poder, como o Legislativo e o Executivo, além de dialogar com ministros e líderes de organizações voltadas para a sustentabilidade nos setores público e não-governamental.
Entre as atividades das quais participou em Brasília, Glinda e as demais lideranças foram recebidas pela ministra Marina Silva (Fotos: Arquivo Pessoal)
Na capital federal, Glinda participou de audiências com as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Anielle Franco (Igualdade Racial), além de representantes da Frente Parlamentar Ambientalista e órgãos como GIZ, IBAMA, FUNAI, MEC, MCTI, MMA, MDA e MIR.
O programa LIAS tem como objetivo fortalecer a liderança feminina nos territórios onde elas atuam, ajudando-as a identificar espaços de influência para políticas públicas. “Foi uma experiência e uma oportunidade incríveis. Considero um privilégio poder representar a luta do povo marajoara e aprofundar o diálogo sobre os desafios que nós, mulheres, jovens e crianças, enfrentamos em nosso território. Reiteramos que não há justiça climática sem a garantia dos direitos humanos”, afirma Glinda.
Para ela, o LIAS também reforça a importância do papel das lideranças femininas no desenvolvimento sustentável das comunidades amazônicas e na proteção das florestas, um processo crucial para o futuro da Amazônia. “Esse programa nos conecta não apenas a outras líderes, mas também a conhecimentos, vivências e lutas em um território comum. A imersão em Brasília nos permitiu levar nossas vozes ao centro das decisões e das políticas públicas”, completa.
Na primeira fase do programa, 30 mulheres foram escolhidas; na segunda, 15 e Glinda estava em ambas
Carolina Maciel, Diretora Executiva da Rede Mondó, destacou que a participação de Glinda no edital do Imazon é motivo de celebração, pois certifica a relevância do trabalho que ela realiza dentro e fora da organização. “Desde o início, nosso trabalho foi pautado pela colaboração, respeito e escuta da comunidade. Grande parte de nossa equipe é composta por marajoaras, e Glinda, que faz parte deste projeto desde sua fase embrionária, é uma figura de grande representatividade”, relembra.
“Não apenas celebramos essa conquista, mas também incentivamos todos os marajoaras da equipe a se envolverem em iniciativas como essa, que reforçam a luta por causas que pertencem a eles”, conclui Carolina.
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