Recebemos a visita da Fundação Vale no território, e fizemos uma imersão em Breves
A comunidade de Breves recebeu, nos dias 8 e 9 de novembro, a visita de uma equipe da Fundação Vale, que foi conhecer de perto...
A rotina de Shayanne e Jaqueline mudou nos últimos tempos. Alunas do curso Serviço Social da Universidade Federal do Pará (UFPA), elas se juntaram ao time de embaixadoras da Rede Mondó. O grupo de 15 jovens universitários está emprestando seus olhos, ouvidos e afetos para realizar a coleta de dados do Diagnóstico Territorial da Rede no Marajó.
Uma juventude, que enfrenta dificuldades mesmo morando no Centro, mas também conhece a desigualdade social da periferia. Os sonhos são parecidos: imaginar um futuro diferente para a população marajoara, onde caibam educação de qualidade, saúde, saneamento, moradia, emprego, água e energia. Direitos básicos, que parecem simples, mas estão longe de ser uma realidade.
Para realizar a coleta, as embaixadoras estão aplicando mais de mil questionários entre famílias, profissionais da educação e saúde, gestores e tantos outros. Jaqueline Brito da Silva Sanches, de 25 anos, conta que a experiência serviu para reforçar sua paixão pelo Serviço Social e o contato com as pessoas.
“Vi uma oportunidade de fazer algo que realmente eu gosto. Descobri uma paixão ainda maior pela minha área. Quando vou aplicar os questionários vou feliz. Não carrego como um fardo, um trabalho. Esse contato com as pessoas é muito interessante e a Rede nos proporcionou isso”, afirma Jaqueline.
Mesmo acostumadas a conviver com a desigualdade social, sobretudo por conta do curso que escolheram, as embaixadoras ainda se impressionam com a pobreza e a desinformação. “Fizemos uma visita à zona Rural, no Rio Meriari (distante 40 minutos de barco de Breves), que me deixou triste. Uma família numa condição muito ruim. A mãe e os filhos nunca foram ao médico nem ao dentista, a mãe de 23 anos esperando o quinto filho e sem saber ler nem escrever. O pai trabalha no extrativismo e ensina a tarefa da escola dos filhos porque sabe um pouco mais”, conta Jaqueline.
A percepção da desigualdade também é partilhada por Shayanne Antunes Piteira, de 22 anos. “Apesar de cursar Serviço Social, a gente ainda se surpreende com algumas situações, como se deparar com pessoas que não sabem dizer sua data de nascimento nem seu nome direito. De pessoas que não sabem os seus próprios direitos, que observam os filhos se banharem em água contaminada. É tudo muito triste”, diz.
Apesar do cenário adverso, nossas embaixadoras mantêm esperança em um futuro diferente para o Marajó. “Sabemos o poder revolucionário e transformador que a educação tem para a sociedade. O projeto da Rede Mondó poderá ser um diferencial gigantesco, uma maneira potente de conhecer a realidade e mudar”, acredita Jaqueline.
Shayanne também faz sua aposta no futuro na educação. “Eu sonho que o trabalho da Rede possa contribuir com a educação e que nossas crianças tenham oportunidades que outras não tiveram. Sinto que estou participando da construção deste futuro participando deste processo, indo na casa das pessoas, ouvindo, conversando e ajudando a gerar indicadores que vão mostrar como é a nossa realidade e ajudar a mudá-la”, relata.
O engajamento das nossas embaixadoras nos inspira e reforça o nosso interesse em ouvir e aprender. Estamos aprendendo muito com vocês e com essa escuta qualificada, ouvindo família a família, casa a casa a população marajoara.
A comunidade de Breves recebeu, nos dias 8 e 9 de novembro, a visita de uma equipe da Fundação Vale, que foi conhecer de perto...
O Instituto Mondó é feito por pessoas que acreditam na mudança e entendem a importância das demandas sociais e ambientais do presente que impactam no futuro.
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